Ora sujeito, ora objeto: uma análise da condição feminina nas proposições 478/2007 e 882/2015

Autores

  • Priscila Kiselar Mortelaro Franceschini Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9253-7096

Palavras-chave:

Aborto, Direitos sexuais e reprodutivos, Saúde reprodutiva

Resumo

Embora a regulamentação do abortamento voluntário diga respeito diretamente à vida das mulheres, o debate sobre a criminalização/descriminalização da prática fica frequentemente restrito à controvérsia moral sobre o início da vida. Nesse contexto, a proposta deste artigo é analisar como as mulheres são posicionadas nos projetos de lei 478/2007 e 882/2015, dois projetos de lei emblemáticos e que buscam modificar a legislação atual. Para atingir nosso objetivo, recorremos ao referencial teórico metodológico da pesquisa com práticas discursivas e a análise de repertórios linguísticos como ferramenta de análise. No âmbito da proposição 478/2007, que busca tornar a legislação ainda mais restritiva, as mulheres são tomadas meramente como objetos de controle. De maneira contrastante, na proposição 882/2015 as mulheres são concebidas como sujeitos de direito. Concluímos que esta última concepção é fundamental para superar os efeitos negativos na saúde das mulheres, fazendo-se preciso, ainda, que as mulheres possam se constituir como sujeitos morais de suas próprias condutas.

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Publicado

2024-11-14

Como Citar

1.
Kiselar Mortelaro Franceschini P. Ora sujeito, ora objeto: uma análise da condição feminina nas proposições 478/2007 e 882/2015. Saúde debate [Internet]. 14º de novembro de 2024 [citado 9º de março de 2025];48(142 jul-set):e9016. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9016

Edição

Seção

Artigo Original

Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão contidos no próprio manuscrito