Ora sujeito, ora objeto: uma análise da condição feminina nas proposições 478/2007 e 882/2015
Palavras-chave:
Aborto, Direitos sexuais e reprodutivos, Saúde reprodutivaResumo
Embora a regulamentação do abortamento voluntário diga respeito diretamente à vida das mulheres, o debate sobre a criminalização/descriminalização da prática fica frequentemente restrito à controvérsia moral sobre o início da vida. Nesse contexto, a proposta deste artigo é analisar como as mulheres são posicionadas nos projetos de lei 478/2007 e 882/2015, dois projetos de lei emblemáticos e que buscam modificar a legislação atual. Para atingir nosso objetivo, recorremos ao referencial teórico metodológico da pesquisa com práticas discursivas e a análise de repertórios linguísticos como ferramenta de análise. No âmbito da proposição 478/2007, que busca tornar a legislação ainda mais restritiva, as mulheres são tomadas meramente como objetos de controle. De maneira contrastante, na proposição 882/2015 as mulheres são concebidas como sujeitos de direito. Concluímos que esta última concepção é fundamental para superar os efeitos negativos na saúde das mulheres, fazendo-se preciso, ainda, que as mulheres possam se constituir como sujeitos morais de suas próprias condutas.
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