O complexo econômico-industrial da saúde e a produção local de medicamentos: um estudo sobre sustentabilidade organizacional
Palavras-chave:
Política pública. Indústria farmacêutica. Laboratórios.Resumo
O artigo analisa a política industrial brasileira para o setor saúde nas últimas duas décadas. O artigo também descreve a Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). O programa busca superar a dependência tecnológica e a falta de competitividade do setor saúde. As compras governamentais tem sido o principal instrumento para organizar a demanda por novos medicamentos e produtos. A política industrial tem configurado a produção local, assim definindo a escala, o escopo e limite da adaptação tecnológica das empresas.O uso combinado do estudo de caso e estatística descritiva busca identificar os efeitos colaterais da indução governamental. O desenho objetiva descrever a condição de sustentabilidade de um grande laboratório publico (Farmanguinhos) vis-à-vis a indução da política industrial. Como resultado, o artigo sugere que a PDP tem sido bem sucedida na redução da dependência tecnológica e indução de capacidade produtiva no setor público. Contudo, para o grande laboratório público estudado os resultados da PDP devem ser avaliados com cautela. É demonstrado que a unidade enfrenta sérios desafios à sustentabilidade. As compras governamentais não privilegiaram a capacidade instalada na seleção de projetos para o PDP, não favorecendo ganhos de escala e escopo.
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