Mulher do fim do mundo: violência feminicida contra a saúde da mulher negra

Autores/as

Palabras clave:

Direito à saúde. Mulheres. Racismo. Violência feminicida. Necropolítica.

Resumen

Este artigo se dedica a dialogar sobre a violência feminicida e algumas de suas manifestações contra as  mulheres negras. Tem-se como objetivo evidenciar de que  forma as vivências cotidianas e as relações sociais e de  poder afetam esse grupo populacional e banalizam a  violência que as acomete, legitimando altas taxas de  mortalidade por diferentes causas evitáveis, sem que estas sejam consideradas um problema de saúde pública. O  texto demonstra, a partir de um levantamento  bibliográfico, a evitabilidade de mortes em casos de  neoplasias malignas, HIV/aids e suicídio resultantes da  mitigação ao acesso à saúde, associada a subjugações no  sistema patriarcal racista. Negligência e descaso,  motivados por racismo e misoginia estruturais,  conformam o ‘fazer morrer’ de mulheres negras revelado  por uma necropolítica de diagnósticos tardios, falhas em  campanhas de conscientização e prevenção, falta de  acolhimento e de políticas adequadas a essa população.  Relacionando tais violações ao direito à saúde com  músicas de Elza Soares, pretende-se trazer a arte como  instrumento de denúncia e como recuperação de vozes  silenciadas. 

Publicado

2024-09-20

Cómo citar

1.
Costa MF da, Augusto CB, Marques MCS. Mulher do fim do mundo: violência feminicida contra a saúde da mulher negra. Saúde debate [Internet]. 20 de septiembre de 2024 [citado 21 de septiembre de 2024];47(especial 1 dez):e9100. Disponible en: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9100