Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Primária à Saúde: uma integração possível

Autores

Palavras-chave:

1. Atenção Primária à Saúde., 2. Serviços Médicos de Emergência., 3. Atenção integral à Saúde

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar a complementariedade da atenção e os processos de trabalho entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Atenção Primária à Saúde (APS) em um município de médio porte no estado do Rio de Janeiro, enfocando a integração assistencial. Trata-se de pesquisa descritiva que utilizou dados primários (entrevistas com 5 gestores e survey de 283 usuários) e secundários (dados de produção da UPA e da Estratégia Saúde da Família – ESF). O município tem cobertura populacional de 100% pela ESF e uma rede de urgência suficiente. Entretanto, prioriza investimento na UPA em detrimento da APS. Entre 2018 e 2022, 90% dos atendimentos na UPA foram urgências de baixo risco. As principais doenças que levaram os usuários à UPA incluíram condições osteomusculares (24%), respiratórias (15%), infecciosas e parasitárias (11%). Os sintomas mais frequentes foram gripais (24%) e osteomusculares (22%). Usuários priorizam a busca por cuidados na UPA por limitações da ESF, comodidade e desconhecimento. Os 33 entrevistados que foram à ESF e depois à UPA alegaram ausência de médicos e indisponibilidade de agendamento. Fluxos assistenciais não são definidos e sistemas de informação não se comunicam. Dados indicaram que a integração entre APS e UPA é frágil.

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Publicado

2025-07-01

Como Citar

1.
Bandeira RC, Bastos RR, Campos EMS, Oliveira GO de. Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Primária à Saúde: uma integração possível. Saúde debate [Internet]. 1º de julho de 2025 [citado 11º de julho de 2025];49(145). Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9543

Edição

Seção

Artigo Original

Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão disponíveis sob demanda, condição justificada no manuscrito