Resiliência coletiva: um olhar sobre o trabalho na Atenção Primária à Saúde
Palavras-chave:
Resiliência coletiva, Marcas de resiliência, Territórios existenciais, ColetivoResumo
A Atenção Primária à Saúde (APS) foi considerada importante pilar frente à pandemia da covid-19, que trouxe uma série de fatores estressantes e traumáticos, requerendo ajustes no cotidiano. O conhecimento do território, o acesso, o vínculo entre usuário e equipe, a integralidade da assistência, o monitoramento das famílias vulneráveis e o acompanhamento dos casos constituíram estratégias fundamentais. Coube também abordar problemas oriundos do isolamento social prolongado e da precarização da vida social e econômica, como transtornos mentais, violência doméstica, alcoolismo e agudização ou desenvolvimento de agravos crônicos, cujas consequências são de difícil previsão e exigem cuidados integrados longitudinais. A situação de precariedade social e econômica em que se encontra parte da população, fundada em dois traumas sociais – a colonização e a escravidão –, que produziram desenvolvimento marcado pela extrema desigualdade na distribuição de renda e no usufruto de direitos sociais, foram agudizadas na pandemia, ampliando os desafios no cuidado em saúde. Diante das potencialidades e fragilidades das vivências após a covid-19, faz-se necessário aprofundar os conhecimentos sobre resiliência coletiva. Este ensaio teórico discute referências bibliográficas e oferece análise crítica do conceito, destacando a importância deste na contemporaneidade, e aplicando-o ao contexto da APS do Brasil.
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