Abordagem das situações de violências em  inquéritos populacionais: revisão de escopo

Heloísa Garcia Claro Fernandes; Nathalia Nakano Telles; Priscilla de Oliveira Luz; Julia Carolina de Mattos Cerioni Silva; Guilherme Correa Barbosa; Aline Geovanna de Lima Baquete; Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira

Autores

Heloísa Garcia Claro Fernandes Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1504-7074
Nathalia Nakano Telles Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9176-887X
Priscilla de Oliveira Luz Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.
Julia Carolina de Mattos Cerioni Silva Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5367-4197
Guilherme Correa Barbosa Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7433-8237
Aline Geovanna de Lima Baquete 1 Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6649-307X
Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo (SP), Brasil.

Palavras-chave:

Inquéritos epidemiológicos, Questionários, Violência, Exposição à violência

Resumo

Este artigo teve como objetivo mapear inquéritos populacionais nacionais e internacionais que identificam dados sobre violências domésticas, intrafamiliares, por parceiro íntimo e sexual, incluindo abordagens sobre comportamento sexual e diversidade sexual e de gênero. Realizou-se uma revisão de escopo conforme as diretrizes do JBI e do check-list PRISMA-ScR. A busca foi conduzida de dezembro de 2021 a abril de 2022 em diversas bases de dados e na literatura cinzenta. Das 1.191 publicações recuperadas, 57 fizeram parte da amostra final. A maior parte dos inquéritos foram conduzidos no Brasil, Portugal e Estados Unidos, com aumento recente nas últimas duas décadas. Os estudos tiveram como foco, principalmente, a violência doméstica ou sexual e obtiveram os dados por entrevista presencial. Percebe-se que variáveis como fatores de risco e proteção, preditores e determinantes sociais de violência ainda são pouco exploradas nos inquéritos limitando a compreensão do fenômeno. Essa revisão pode subsidiar o planejamento de novas pesquisas e subsequentes ações de prevenção, avaliação de serviços e de intervenções em saúde, bem como implementação de políticas públicas de manejo da carga social e individual impostas às vítimas de violência.