‘Meninos vestem azul e meninas vestem rosa’: Análise do Discurso Crítica sobre a ‘ideologia de gênero’ no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos

Autores

  • Leandro de Oliveira Bitencourt Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) https://orcid.org/0000-0003-3271-2590
  • Maria Helena Barros de Oliveira Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Palavras-chave:

Direitos humanos. Ideologia de gênero. Minorias sexuais e de gênero.

Resumo

Este artigo investiga qual foi a principal ideologia norteadora das políticas públicas do Ministério da Mulher,  Família e Direitos Humanos (MMFDH) no governo Jair  Bolsonaro (2019-2022). Em seu discurso de posse,  Bolsonaro afirmou que um dos objetivos de seu governo  seria combater a ‘ideologia de gênero’ e defender ‘os  verdadeiros direitos humanos’. Assim, esta pesquisa parte  da perspectiva de que, no Brasil, existe uma disputa em  torno da noção de direitos humanos, e a utilização do  sintagma ‘ideologia de gênero’ é um elemento-chave para  compreender de que modo essa disputa ocorre no cenário político, especialmente no que diz respeito à criação de  pânico moral a respeito das pessoas LGBTQA+. Com o  objetivo de compreender qual é a ideologia norteadora  das políticas públicas desenvolvidas pelo MMFDH, setor  estatal no qual essa disputa parecia ser um elemento  central, foi utilizada a Análise do Discurso Crítica como  metodologia analítica. Para compor o corpus da pesquisa,  foram analisados os discursos das principais  representantes do MMFDH, Damares Alves e Angela  Gandra, no período de 2 de janeiro de 2019 a 31 de março  de 2022. Concluiu-se que, no período analisado, o MMFDH  foi promotor de ‘ideologia de gênero’.

Publicado

2024-09-20

Como Citar

1.
Bitencourt L de O, Oliveira MHB de. ‘Meninos vestem azul e meninas vestem rosa’: Análise do Discurso Crítica sobre a ‘ideologia de gênero’ no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Saúde debate [Internet]. 20º de setembro de 2024 [citado 21º de setembro de 2024];47(especial 1 dez):e9092. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9092