Saúde mental: onde se colocam as questões de gênero? Os papéis das mulheres cisgêneras

Autores

  • Sabrina Proença Azevedo Rangel Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)
  • Adriana Miranda de Castro Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF)

Palavras-chave:

Gênero, Saúde mental, Mulheres, Sistema Único de Saúde

Resumo

O artigo discute como os trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e militantes da
luta antimanicomial compreendem as questões relativas às hierarquizações de gênero e suas possíveis implicações no cuidado integral em saúde mental direcionado a mulheres cisgêneras. Considerando que o manicômio serviu para o isolamento e o controle de corpos femininos e as transformações propostas pela reforma psiquiátrica permitiram o cuidado em liberdade com base no respeito aos direitos humanos e na
promoção da cidadania, buscou-se analisar como os estereótipos acerca do papel da mulher na sociedade atravessam as práticas de cuidado na abordagem da maternidade e das situações de violências experimentadas pelas mulheres na Raps. Embora se observe o reconhecimento das hierarquizações de gênero e da necessidade de transformação das práticas nos serviços de saúde mental, emergiu, das entrevistas, um discurso hegemônico vinculado aos estereótipos relativos às mulheres.

Publicado

2024-09-20

Como Citar

1.
Rangel SPA, Castro AM de. Saúde mental: onde se colocam as questões de gênero? Os papéis das mulheres cisgêneras. Saúde debate [Internet]. 20º de setembro de 2024 [citado 21º de setembro de 2024];47(especial 1 dez):e9048. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9048

Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão contidos no próprio manuscrito