Condições de trabalho e saúde de profissionais da linha de frente na pandemia de covid-19
Palavras-chave:
Covid-19, Pandemias, Saúde ocupacional, Vigilância em saúde do trabalhadorResumo
Objetivou-se investigar as condições de trabalho e saúde física e mental de profissionais de saúde atuantes na linha de frente da Covid-19 em serviços de urgência, emergência e terapia intensiva no Brasil no segundo ano da pandemia. Estudo transversal, com uso de questionário eletrônico, através do qual coletaram-se dados sobre condições de trabalho, saúde física e mental, além do instrumento Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS - 21). A amostra (n=209) incluiu enfermeiros (28,7%), técnicos de enfermagem (30,1%), fisioterapeutas (33%) e médicos (8,2%). Os profissionais possuíam idade média de 34,6 anos e relataram uma carga horária média de 53,5 horas/semana. Verificou-se aumento das horas trabalhadas (62%) e da quantidade de pacientes (84%). A maioria relatou bom relacionamento com o chefe (89%) e satisfação com o trabalho (87%). A prevalência de sintomas de estresse, ansiedade e depressão foi superior a 45%, com predomínio de sintomas graves ou extremamente graves. A prevalência de dor musculoesquelética e fadiga foi de 84,7% e 83,3%, respectivamente. Os profissionais de saúde apresentaram aumento de volume de trabalho e de exigência durante a pandemia de Covid-19. Observou-se ainda intenso prejuízo à saúde física e mental desses trabalhadores.
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