Prescrição de benzodiazepínicos em Unidades Básicas de Saúde em uma comunidade com alta vulnerabilidade social

Autores

Palavras-chave:

Psicotrópicos, Atenção Primária à Saúde, Uso de medicamentos, Transtornos relacionados ao uso de substâncias, Vulnerabilidade social

Resumo

Os benzodiazepínicos, medicamentos mais prescritos no mundo, são extremamente úteis no manejo
de patologias relativas ao sistema nervoso central, porém, nem sempre sua prescrição está relacionada com uma
patologia. Este estudo buscou identificar os fatores influenciadores na prescrição de benzodiazepínicos na Atenção
Básica do Sistema Único de Saúde e suas consequências, em uma região com alta vulnerabilidade social. Foram
utilizados os princípios de um estudo qualitativo com amostra intencional de médicos prescritores construída
com a ajuda dos Informantes-Chave e com tamanho (n = 10) definido pelo princípio da saturação teórica. A coleta
de dados ocorreu mediante entrevistas semiestruturadas nas unidades básicas onde os profissionais atuavam.
Os temas identificados relativos aos motivos da prescrição foram: relativos ao paciente (demanda do paciente;
problemas sociais); relativos ao medicamento (dependência); relativos ao prescritor (uso irracional). A prescrição
do benzodiazepínico deu-se devido às baixas condições sociais dos usuários nessa região e as consequências
dessa conjuntura (vulnerabilidade social, problemas angustiantes de difícil resolução). Educação permanente
para profissionais, ações interprofissionais e integralidade do cuidado foram demandas dos profissionais. O
problema extrapola a ação do médico, e são sugeridas políticas públicas que garantam, às populações com essas
características, acesso a saúde, trabalho e educação.

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Publicado

2024-09-26

Como Citar

1.
Bigal AL, Nappo SA. Prescrição de benzodiazepínicos em Unidades Básicas de Saúde em uma comunidade com alta vulnerabilidade social. Saúde debate [Internet]. 26º de setembro de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];48(141 abr-jun):e8509. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8509

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Artigo Original