Patologização e criminalização de gênero: a experiência de travestis no cárcere

Autores

Palavras-chave:

Criminalização. Normas de gênero. Prisões. Travestilidade. Identidade de gênero.

Resumo

A experiência de ser travesti é atravessada por múltiplas regulações no campo do direito e da medicina. Ambos os  conhecimentos se articulam e reafirmam uma  determinada concepção normativa de gênero que produz  a criminalização e a patologização dessa experiência.  Especialmente no caso de travestis presas, tal situação  alcança patamares alarmantes. Para ilustrar a articulação  entre patologização e criminalização, utilizam-se levantamento bibliográfico e relato de campo construído  por uma das autoras deste ensaio. O objetivo foi  demonstrar como essa articulação se dá, a partir do caso  concreto de uma travesti submetida à medicalização  dentro do cárcere, e como esse procedimento ensejou a  sua (re) criminalização. Dessa forma, a patologização e a  criminalização constroem um marco epistemológico que  traça os limites dentro dos quais gênero e sexualidade se  tornam visíveis e passam ao largo de uma compreensão  do direito à saúde.

Publicado

2024-09-20

Como Citar

1.
Vidal JS, Castilho EWV de. Patologização e criminalização de gênero: a experiência de travestis no cárcere. Saúde debate [Internet]. 20º de setembro de 2024 [citado 21º de setembro de 2024];47(especial 1 dez):e8040. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/8040