Política sexual e ativismo de HIV/Aids: a experiência da Loka de Efavirenz

Autores

Palavras-chave:

HIV, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Estigma social, Cuidado, Políticas

Resumo

Este artigo descreve e analisa, de uma perspectiva etnográfica, como as pessoas participantes da Coletiva Loka de Efavirenz percebem, vivenciam e enfrentam os efeitos da Aids em seu cotidiano, com vistas a contribuir para o entendimento das novas formas de ativismo em HIV/Aids que emergiram na década de 2010 no Brasil e sua relação com processos de subjetivação e construção de redes informais de cuidado. Mostra-se como os membros da Loka se articulam como sujeitos atravessados pelo estigma de HIV/Aids, reivindicando o exercício de suas sexualidades e identidades marcadas por gênero, raça e
classe. Desse modo, adentram a disputa por direitos por meio da produção de conhecimento e de ações que adquirem força na produção de uma rede de cuidado para além dos serviços de saúde. A análise das práticas e elaborações da Coletiva realça a Aids como lente privilegiada para situar desafios, lutas, discussões e debates que atravessam os modos de regulação das práticas erótico-sexuais e das expressões de gênero, refletindo tensões e transformações sociais mais amplas.

Publicado

2023-05-27

Como Citar

1.
Bruja Garcia de Oliveira P, Assis Simões J. Política sexual e ativismo de HIV/Aids: a experiência da Loka de Efavirenz. Saúde debate [Internet]. 27º de maio de 2023 [citado 26º de dezembro de 2024];46(especial 7 dez):117-28. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7520