O sofrimento de mulheres que vivem com HIV e o amor interior como prática revolucionária

Autores

Palavras-chave:

Angústia psicológica, Solidão, Amor, Soropositividade para HIV, Assistência integral à saúde

Resumo

O estudo teve como objetivo discutir sobre os sofrimentos presentes nas narrativas de mulheres que vivem com HIV e os entraves sociais que as colocam em lugares desprivilegiados em suas existências. Trata-se de pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa a partir do levantamento de narrativas de participantes integrantes do grupo de saúde mental voltado para mulheres que vivem com HIV. Os dados foram analisados percorrendo as fases de pré-análise, exploração do material e tratamento dos dados à luz das autoras feministas Federici e hooks. A partir das narrativas das mulheres, emergiram as seguintes categorias de análise dos dados: o desamparo afetivo e social experimentado após o diagnóstico do HIV; e o sentimento de impotência e de desapropriação do próprio corpo diante da soropositividade. O estudo mostrou os efeitos do estigma associado ao HIV e os sofrimentos que deles decorrem. A partir dos conceitos de solidão e amor, foi possível refletir sobre a necessidade de o cuidado dos profissionais de saúde considerar, além dos aspectos biológicos, a escuta do sofrimento vivido por mulheres com diagnóstico positivo para HIV.

Publicado

2023-05-23

Como Citar

1.
Oliveira de Andrade Paquiela E, Borges Leitão de Figueiredo E, Pimenta Guimarães Muniz M, Abrahão AL. O sofrimento de mulheres que vivem com HIV e o amor interior como prática revolucionária. Saúde debate [Internet]. 23º de maio de 2023 [citado 29º de abril de 2024];46(especial 7 dez):75-84. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/7312