Oportunidades, percalços e justificativas: a descentralização da regulação ambulatorial no município do Rio de Janeiro

Autores

  • Kennedy Guabiraba Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Gustavo Gomes Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
  • Eduardo Alves Melo Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Palavras-chave:

Acesso aos serviços de saúde. Regulação e fiscalização em saúde. Atenção Primária à Saúde. Política de saúde.

Resumo

Desde 2012, o município do Rio de Janeiro possui a inovação no cenário nacional de ter a regulação do acesso à atenção especializada feita por médicos na Atenção Primária à Saúde (APS). Este artigo analisa o processo técnico-político que produziu a descentralização da regulação ambulatorial para APS: suas motivações e contexto, atores, apostas, decisões e desdobramentos. Produzido através de entrevistas com gestores, analisou-se o material tendo como referência principal o ciclo de políticas públicas de Howlett e Ramesh, de modo que suas etapas inspiraram a categorização adotada no artigo.
O movimento de descentralização da regulação ambulatorial apoiou-se em insatisfações com o acesso ambulatorial. Em contexto de fortalecimento da APS, disputa pelo controle de recursos assistenciais e utilizando a coordenação do cuidado como elemento discursivo, o modelo viabilizou maior protagonismo de APS na regulação do acesso. Em contrapartida, alguns ‘sucessos’ não são reflexos exclusivos da descentralização para a APS, e surgem consequências negativas. A partir da adoção de processos avaliativos, pode-se viabilizar a criação de outros arranjos regulatórios num modelo que permanece promissor.

 

 

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Publicado

2022-06-27

Como Citar

1.
Guabiraba K, Gomes G, Melo EA. Oportunidades, percalços e justificativas: a descentralização da regulação ambulatorial no município do Rio de Janeiro. Saúde debate [Internet]. 27º de junho de 2022 [citado 26º de abril de 2024];46(132 jan-mar):107-20. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/6301

Edição

Seção

Artigo Original