Pra nem morta ser calada: arte afro- brasileira como fortalecimento identitário entre estudantes de medicina

Autores

  • Marina Moreira Universidade de Brasília (UnB)

Palavras-chave:

Construção social da identidade étnica. Saúde das minorias étnicas. Arte.

Resumo

Assolada pela violência e pela discriminação racial, a população negra integra os piores índices de vulnerabilidade à violência e indicadores de saúde. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo enquanto central na produção de iniquidades, mas não é capaz de superar a influência das teorias eugênicas no campo de saúde. Mesmo que parte expressiva dos profissionais da saúde, mulheres negras continuam encarando a inexpressiva produção de conhecimento sobre sua própria saúde. Questionando essa realidade excludente, este relato de experiência tem o objetivo de explorar a utilização da técnica de estêncil como instrumento de resistência para construção identitária e demarcação de território por alunas e alunos de medicina atingidos por processos de marginalização. Utilizando-se de materiais comuns ao cotidiano de profissionais de saúde, foi possível retratar diferentes imagens relevantes para a luta das minorias e para a identidade pessoal dos participantes. A partir da cultura negra, essa oficina atuou como centro de ensino e de mobilização social, possibilitando a criação de instrumentos de resistência e autoafirmação.

Publicado

2022-06-05

Como Citar

1.
Moreira M. Pra nem morta ser calada: arte afro- brasileira como fortalecimento identitário entre estudantes de medicina. Saúde debate [Internet]. 5º de junho de 2022 [citado 20º de abril de 2024];45(129 abr-jun):441-50. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/4776

Edição

Seção

Relato de Experiência