Estudo sobre abandono e não adesão ao tratamento em Centros de Atenção Psicossocial
Palavras-chave:
Pacientes desistentes do tratamento. Saúde mental. Serviços comunitários de saúde mental.Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar os motivos pelos quais usuários que estavam cadastrados nos Centros de Atenção Psicossocial III de Campinas-SP durante a realização de um censo de serviços não foram localizados, bem como identificar e caracterizar aqueles que haviam abandonado ou não aderido ao tratamento. Trata-se de um estudo transversal, analítico, de base documental que utilizou os diários de campo da pesquisa e o prontuário dos usuários junto aos serviços. Entre os usuários que não foram localizados, 17,8% (n=70) haviam abandonado ou não aderido ao tratamento. Esse número era composto, majoritariamente, por homens, com média de idade de 39,9 anos (DP=13,7), cujo diagnóstico mais frequente era o de esquizofrenia. Quanto ao tempo de permanência, verificou-se que os usuários haviam passado mais de 1 ano ou menos de 1 mês nos serviços. Destaca-se que, inicialmente, 40,3% dos casos haviam sido reportados como altas, enquanto, no final do estudo, observou-se que apenas 2,5% abrangiam verdadeiras altas clínica. Por meio deste estudo foi possível identificar que além da falta de dados nos prontuários, a prática da alta administrativa dificulta a identificação dos casos de abandono ou não adesão ao tratamento, prejudicando a sistematização dos dados acerca da continuidade do cuidado.
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