Promoção da saúde e efetivação da Reforma Sanitária no contexto dos povos originários

Autores

Palavras-chave:

Práticas interdisciplinares. Promoção da saúde. Reforma dos serviços de saúde. Saúde de populações indígenas.

Resumo

O Brasil teve atos e políticas excludentes que levaram à quase dizimação dos variados povos indígenas. Buscando voz e inclusão, o movimento dos povos originários contou com a presença de representantes das próprias comunidades para a consolidação da Reforma Sanitária nesse contexto. Conselheiros indígenas de saúde e agentes indígenas de saúde fomentam a resiliência para reivindicar, proteger e curar
relações, lidando com a perspectiva biomédica, e atuação de profissionais não indígenas. Este trabalho objetiva evidenciar as aprendizagens colaborativas e práticas interdisciplinares no atual sistema de saúde brasileiro, para a promoção da saúde dos povos originários. Em uma revisão integrativa, propôs-se discorrer sobre o impacto da formação profissional com ênfase na questão étnica, possibilidades de atuação não
colonizadora e inclusiva, e a contribuição dos diversos atores, indígenas ou não, que possibilitam a consolidação desse subsistema de atenção, considerando suas especificidades e sua maneira própria do fazer da saúde. A autonomia, com foco no empoderamento, fortalecida por meio do reconhecimento do papel fundamental dos próprios indígenas e de pessoas ligadas à causa indigenista que se estabeleceram para tal assistência, consolidaram a Reforma Sanitária também nesses territórios, na tentativa de universalidade no acesso, integralidade da atenção, promoção da equidade e redução de iniquidades.

Downloads

Publicado

2022-07-07

Como Citar

1.
Ribeiro AERA, Beretta RC de S, Junior WM. Promoção da saúde e efetivação da Reforma Sanitária no contexto dos povos originários. Saúde debate [Internet]. 7º de julho de 2022 [citado 19º de abril de 2024];43(43 especial 8 dez):292-304. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/2819