Saúde coletiva, colonialidade e subalternidades – uma (não) agenda?

Autores

Palavras-chave:

Racismo. Saúde pública. Colonialismo. Colonialidade. Subalternidade. Necropolítica.

Resumo

Neste ensaio, partimos da constatação que as instituições que compõem o campo da saúde coletiva encontram-se tensas pela entrada de ‘outros’ corpos nos seus cenários. Corpos ‘outros’ que questionam a organização institucional e a matriz que orienta o pensamento nesse campo de conhecimento. Em seguida, apresentamos as bases que sustentam essas instituições: a colonialidade, como uma matriz predatória que persiste e se reatualiza na contemporaneidade; e a modernidade, como um programa de pensamento que separa, determina e institui uma hierarquia civilizacional. Tais bases expressam-se no racismo e sexismo que estruturam o Estado nacional brasileiro e atravessam a ciência que fazemos e a
saúde pública, com cujas práticas nos articulamos. Ponderamos que a saúde coletiva não escapa dessecaráter estrutural brasileiro; para isso, discutiremos alguns problemas fundamentais do campo, que este tem demonstrado dificuldade de ver/reconhecer. Por fim, propomos às instituições que produzem a saúde coletiva cinco apostas que devem ser feitas para reconhecer e acolher esses corpos ‘outros’ que agora chegam ao ensino superior e têm urgência de contrapor discursos e práticas que historicamente os subalternizam e invisibilizam.

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Publicado

2022-07-07

Como Citar

1.
Gonçalves LAP, Oliveira RG de, Gadelha AG dos S, Medeiros TM de. Saúde coletiva, colonialidade e subalternidades – uma (não) agenda?. Saúde debate [Internet]. 7º de julho de 2022 [citado 23º de dezembro de 2024];43(43 especial 8 dez):160-74. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/2801