Os movimentos feministas e o processo da Reforma Sanitária no Brasil: 1975 a 1988
Palavras-chave:
Mulheres. Feminismo. Política de saúde. Direito à saúde. Democracia.Resumo
O presente ensaio visa apresentar reflexões iniciais de uma pesquisa mais ampla ainda em curso, sobre as relações entre o Movimento Feminista e a Reforma Sanitária Brasileira no período de 1975 a 1988. Tema pouco estudado em uma conjuntura adversa, a ditadura militar, mas também marcada por efervescências políticas e sociais, a partir de uma pesquisa documental preliminar foram identificados eventos e documentos que indicam diálogos entre esses dois movimentos sociais. Engajados na luta pela redemocratização social e democratização da saúde, os movimentos feminista e sanitário apresentaram propostas convergentes exemplificadas pela formulação e tentativa de implementação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism). Primeira política pública de saúde que traz a integralidade, um dos princípios do SUS, no Paism encontramos proposições defendidas pelo movimento sanitário e vinculadas as pautas feministas na saúde. Entretanto, esses trânsitos parecem ter sido marcados por algumas dificuldades relacionadas à conjugação das denominadas questões mais ‘amplas’ com as ‘específicas’ e os desafios para elaboração de pautas comuns entre os dois movimentos. Reconhecemos, portanto, a complexidade da temática. Ousamos apresentar essas reflexões para explicitar os diálogos, as conquistas alcançadas e, talvez, contribuir com a construção de estratégias renovadas de luta pelo direito a saúde.
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