Acesso ao tratamento da mulher com câncer de mama

Autores

Palavras-chave:

Saúde da Mulher. Neoplasias da Mama. Acesso aos Serviços de Saúde. Terapêutica. Tempo para o Tratamento

Resumo

O objetivo do estudo foi caracterizar o acesso ao tratamento da mulher com diagnóstico de câncer de mama do Estado do Piauí, Brasil. Estudo transversal analítico, desenvolvido em duas instituições hospitalares de referência, no período de Janeiro/2018 a Junho/2018. A população compreendeu mulheres diagnosticadas com câncer de mama, que realizaram tratamento no período de 2016 a 2017. A amostra foi de 155 participantes. A amostragem foi estratificada proporcional. Os dados foram processados no IBM® SPSS® e calculadas estatísticas uni e bivariadas. Constatou-se que o tempo para o tratamento foi de, em média, 112,7 (±93,6) dias, variando de 12 a 550 dias (≡18,3 meses ou 1,5 anos), sendo que 71,6% das mulheres iniciaram o tratamento em um período superior a 60 dias do diagnóstico do câncer de mama. Foram verificadas associações estatisticamente significativas entre o atraso para início do tratamento e o território estadual de residência (p=0,041) e o estágio da doença (p=0,037). Conclusão: O acesso ao tratamento do câncer de mama não está acontecendo como preconizado. Portanto, ressalta-se a necessidade de uma maior organização dos serviços de saúde em rede, levando em conta as necessidades da população através do atendimento em tempo oportuno.

Biografia do Autor

Samara Maria Moura Teixeira Sousa, UFPI

Enfermeira graduada pela Universidade Federal do Piauí-UFPI. Mestre em Saúde da Mulher pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Especialista em Enfermagem e Obstetrícia pela UFPI Especialista em Regulação em Serviços de Saúde.Especialização em Educação Profissional na Área de Saúde. Especialização em Processos Educacionais na Saúde . Atualmente é Enfermeira do Setor Regulação e Avaliação em Saúde do HU-UFPI e Auditora Enfermeira lotada na Diretoria de Controle Avaliação, Monitoramento e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.

Maria das Graças Medeiros Carvalho, UFPI

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1998) e doutorado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005). Professora Associada da Universidade Federal de Pelotas, UFPel. Atua na graduação e na Linha de Formação de Professores: ensino, práticas e processos educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE. Líder dos Grupos de Pesquisa: Gepefop, Grupo de Estudos e Pesquisas - Estágio e Formação de Professores e Redestágio, Rede de Estágios. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, educação superior e estágio curricular supervisionado.

Luiz Ayrton Santos Júnior, UFPI

Medico pela Universidade de Pernambuco (1984), Mestre em Medicina pela Universidade de São Paulo (1997) e Doutor em Cirurgia pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Mastologista pela Sociedade Brasileira de Mastologia e presidente da Comissão de Reforma do Estatuto da SBM e membro do Departamento de Voluntariado(2008-1010). Professor fundador da Faculdade de Ciencias Médicas da Universidade Estadual do Piauí onde ministra Bioética e História da Medicina e Professor Adjunto 4 de Bioética da Universidade Federal do Piauí. Professor e Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação Saúde da Mulher da UFPI. Conselheiro e editor dos Anais do Conselho Regional de Medicina do Piaui. Presidente da Fundação Maria Carvalho Santos. Diretor do Instituto de Mama do Piauí e Polo Vida Centro Clinico e Científico. Editor da Revista Sthetos e presidente da Academia de Medicina do Piauí (2008-2010) e vice-presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina (2009-92011), coordenador da Liga de Mastologia do Piauí. Membro do Conselho Científico e vice-presidente da FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas pela Saúde da Mama. Elaborador do Curso de Medicina da FACID-Terezina. Presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina - Secretaria de Saúde (2012). Presidente da Sociedade Piauiense de História da Medicina. Vice-Mestre do Capitulo Piauí do Colégio Brasileiro de Cirurgia. Presidente da Sociedade Piauiense de Bioética (2008). Presidente da SOBRADPEC - Sociedade de Pesquisa em Cirurgia. Vice-presidente da SOBRAMES-PI. Vice-presidente da Academia de Ciências do Piauí. Membro da Academia Brasileira de Médicos Escritores. Coordena 36 projetos sociais em educação em saúde, promoção do diagnóstico precoce do câncer de mama e adaptação social da pessoa com câncer. Com 5 livros publicados em Medicina e 2 de poesia. Tem experiência na área de Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: mastologia, bioética, ensino médico e história da medicina.

Sarah Borges Caroline Mariano, UFPI

Graduada em Farmácia pela UFPI.

Publicado

2022-05-29

Como Citar

1.
Moura Teixeira Sousa SM, Medeiros Carvalho M das G, Santos Júnior LA, Caroline Mariano SB. Acesso ao tratamento da mulher com câncer de mama. Saúde debate [Internet]. 29º de maio de 2022 [citado 29º de janeiro de 2025];43(122 jul-set):727-41. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/2347