Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira
Un análisis de la producción científica brasileña
Palavras-chave:
Racismo, Saúde da Mulher, Mulheres negras, Violência obstétricaResumo
O Brasil carrega em sua história séculos de escravidão e ideologias racistas que se refletem no quadro de desigualdades sociais na atualidade. Pesquisas apontam que mulheres negras possuem o pior acesso e qualidade de atendimento em saúde, o que seria consequência do racismo institucional. Com base nesses dados foi feita uma revisão de literatura cujo objetivo foi levantar a produção científica brasileira referente ao racismo institucional e a saúde da mulher negra e analisar como o tema tem sido tratado pelos pesquisadores. Foi evidenciado que a literatura a respeito do assunto permanece escassa, reforçando a necessidade de abordar o tema racismo nas pesquisas. Apesar da desigualdade racial ter sido confirmada em todos os artigos analisados, suas conclusões foram diversas e alguns autores interpretaram os dados como consequência apenas da desigualdade econômica. Concluiu-se que o debate a respeito do racismo é de fundamental importância no seu combate, e que a associação da desigualdade racial à condição econômica é um reflexo do mito da democracia racial que contribui para a manutenção do racismo institucional. É necessária uma maior sensibilização dos profissionais a respeito do racismo de forma que se torna indispensável pensar na categoria racial para obtenção de uma saúde igualitária.
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