Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira

Un análisis de la producción científica brasileña

Autores

  • Beatriz Muccini Costa Oliveira Centro Universitário UniRuy (UniRuy/Wyden)
  • Fabiana Kubiak Centro Universitário UniRuy (UniRuy/Wyden)

Palavras-chave:

Racismo, Saúde da Mulher, Mulheres negras, Violência obstétrica

Resumo

O Brasil carrega em sua história séculos de escravidão e ideologias racistas que se refletem no quadro de desigualdades sociais na atualidade. Pesquisas apontam que mulheres negras possuem o pior acesso e qualidade de atendimento em saúde, o que seria consequência do racismo institucional. Com base nesses dados foi feita uma revisão de literatura cujo objetivo foi levantar a produção científica brasileira referente ao racismo institucional e a saúde da mulher negra e analisar como o tema tem sido tratado pelos pesquisadores. Foi evidenciado que a literatura a respeito do assunto permanece escassa, reforçando a necessidade de abordar o tema racismo nas pesquisas. Apesar da desigualdade racial ter sido confirmada em todos os artigos analisados, suas conclusões foram diversas e alguns autores interpretaram os dados como consequência apenas da desigualdade econômica. Concluiu-se que o debate a respeito do racismo é de fundamental importância no seu combate, e que a associação da desigualdade racial à condição econômica é um reflexo do mito da democracia racial que contribui para a manutenção do racismo institucional. É necessária uma maior sensibilização dos profissionais a respeito do racismo de forma que se torna indispensável pensar na categoria racial para obtenção de uma saúde igualitária.

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Publicado

2022-05-29

Como Citar

1.
Oliveira BMC, Kubiak F. Racismo institucional e a saúde da mulher negra: uma análise da produção científica brasileira: Un análisis de la producción científica brasileña. Saúde debate [Internet]. 29º de maio de 2022 [citado 21º de novembro de 2024];43(122 jul-set):939-48. Disponível em: https://revista.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/1835