O processo transexualizador a partir das narrativas de pessoas trans, gestores e profissionais da saúde
Palavras-chave:
Transexualidade, Serviços de Saúde, Política de saúde, Vulnerabilidade em Saúde, Assistência Integral à SaúdeResumo
O acesso à saúde para a população trans aparece como uma questão que merece atenção, principalmente ao notar que esse direito foi amplamente negado ao longo da história, afetando o desenvolvimento dos serviços e a atenção integral à saúde. Estudo de natureza qualitativa com estratégias etnográficas, que tem como objetivo analisar a vivência da transgeneridade e suas experiências nos serviços de saúde. As técnicas de coleta de dados foram a observação participante e a realização de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados 30 participantes, sendo eles 22 pessoas trans, 6 profissionais de saúde e 2 gestores. Discutir políticas de saúde e serviços eficazes requer considerar o aspecto interseccional que atravessa as necessidades das pessoas trans, que enfrentam obstáculos significativos no acesso à saúde e às tecnologias médicas. Os serviços especializados no processo transexualizador são centralizados, oferecendo condições restritas de acesso. O fornecimento de hormônios e a insuficiente realização de cirurgias pelo SUS foi constatada como uma das principais barreiras na efetivação do direito à saúde. As vulnerabilidades sociais e programáticas atravessam a relação de saúde vivenciada por essa população e a qualificação dos profissionais de saúde é colocada como um fator decisivo para a transformação da assistência especializada.
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